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Local: Itatiba, SP, Brazil

A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer!

31/08/2009

As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras
Friedrich Nietzsche


- Tenho medo de te machucar, não quero te iludir, não quero que você se envolva, temo me envolver, não quero te fazer mal...

- Ei garoto! Esquece isso tudo, ja sou grandinha sei cuidar de mim, deixa que eu escolho meus riscos, deixa que eu assumo meus erros, deixa por minha conta juntar os pedacinhos de mim se por acaso eu bater com a cara no muro.

Eu quero me queimar no seu fogo, quero correr todos os riscos, quero enlouquecer de paixão, quero morrer de amor, eu escolho viver cada centímetro de prazer e de angústia que tu pode me proporcionar.
Me deixa nos seus braços, me toca com carinho e me diga mentiras, isso mesmo, mentiras lindas, me fale todas as mentiras mais lindas que existir para que eu acredite nelas e sonhe acordada.

Me beija devagar, me olha nos olhos, deixa eu te falar minhas verdades sobre esse momento, deixa eu me afogar nessa paixão, me deixa te querer pra sempre até que o dia amanheça.

Não me fale do futuro, não cite o passado, viva comigo o presente.

Invente uma mentira pro seu coração também, vamos viver um teatro.
Essa noite vamos protagonizar, seremos atores e a lua será nossa platéia.
Deixa de besteira garoto, vem comigo pra essa aventura, não tenha medo pois tenho coragem para nós dóis.

Mente pra mim!
Me olha nos olhos e mente pra mim.Hoje não quero verdades, deixa elas pra amanhã na hora do café, talvez, ou deixa pra outro dia, escreve um e-mail ou um bilhete.
Isso garoto, escreva as verdades em um bilhete e enterre no jardim, bem fundo.
Me deixe hoje, somente essa noite com as mentiras, mentiras bonitas pra aquecer meu coração e semear meus sonhos.

Me deixa ficar, somente esta noite.
Vamos dormir, eu, você e nossas mentiras, vai ser perfeito assim, para sempre até que o dia amanheça.

por ♥ Janinha ♥ @ 18:46 - 14 Comentários

....

13/08/2009

A rua estava vazia e só era possivel ouvir o barulho do salto dela que caminhava lentamente, o cenário combinava com a tristeza que ela aparentava sentir.
A cidade parecia estar adormecida, assim como seu coração.
De repente uma chuva fina começou a cair, e ela continuava caminhando de cabeça baixa, como se estivesse cantando, talvez estivesse rezando ou somente falando sozinha.
Parecia que nem estava sentindo a chuva toca-la.
Depois de alguns instantes ela tirou um guarda chuva da bolsa e se protegeu dos pingos, começou a caminhar mais rápido agora e com a cabeça erguida.
Muitas pessoas começaram a correr de um lado para o outro, e a rua que estava deserta até então passou a ficar movimentada.
Todos indo e vindo, esbarrando uns nos outros, estavam tentando fugir da chuva que caía com mais força agora, e a combinação com o vento tornava o guarda chuva ineficiente.
Ela apressou mais ainda o passo, com os sapatos e roupas encharcadas tentava chegar mais rapido até o ponto de onibus.
Finalmente chegou, tinha uma fila imensa para entrar, e ela só conseguia pensar em chegar na sua casa, tomar um banho demorado e um café bem quente.
Dentro do onibus, espremida entre os passageiros, em pé, totalmente desconfortavel, ela tentava se equilibrar a cada lombada. Mas não adiantou, de repente uma freiada brusca e ela perdeu o equilibrio, sendo amparada por braços que ela nem sabe de onde vieram, mas foi bom senti-los segurando seu corpo, um reflexo rápido tentando protege-la, ela agradeceu a ajuda ao sujeito e ficou sem jeito pelo seu quase tombo. Com uma voz serena ele tentou um dialogo:
- Você esta bem?
- Sim, acho que sim, obrigada.
- Precisa de ajuda?
- Preciso.
- Quer segurar aqui? Eu tenho um bom equilibrio, posso soltar as duas mãos e você pode se segurar melhor, estará mais segura.
- Não, obrigada, mesmo segurando com as duas mãos continuo sendo desequilibrada.
Ele riu.
- Como posso ajuda-la então?
- Me beija.
- Claro.
Se beijaram, dentro do onibus lotado, com todos os vidros embassados, um beijo longo e suave, contrairam seus corpos um contra o outro, e sentiram calor.
Quando os lábios se soltaram ela apertou a campainha, sorriu e disse:
- Obrigada, mas esse é meu ponto.
Desceu do onibus, ele ficou estático por alguns instantes somente olhando para ela que saiu sem nem olhar para trás.
Eles nunca mais se viram, e ela nunca o esqueceu.

por ♥ Janinha ♥ @ 16:42 - 3 Comentários

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